Só por falta de bom senso?
Nos últimos anos, por diversas vezes, vimos leis (ou qualquer outro tipo de regras) sendo criadas para regulamentar a propaganda no Brasil.
Para quem não conhece, temos órgãos que regulamentam, ‘põem ordem na casa’, discutem, enfim, que tratam da publicidade brasileira, tais como CENP (Conselho Executivo das Normas Padrão), CONAR (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), APP (Associação dos Profissionais de Propaganda), ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), etc, etc.
Porém, também temos visto que anunciantes (inclua aqui, agências) estão indo além do que temos como bom senso na publicidade, isto é, além de anunciar o produto/serviço propriamente dito, dá a ele gêneros que extrapolam o seu uso em si. Exemplo: com o carro X eu consigo correr muito, com a cerveja Y serei um galã, e por aí vai.
A partir do momento que quem faz publicidade não cuida dela, estamos sujeitos a regulamentação externa, com criação de leis, por exemplo. E isso não é bacana. Já pensou um jurista discutindo propaganda? Já pensou um arquiteto que ocupa um cargo que dê a ele o “poder” de discutir o tema, falando de publicidade? Sem desmerecer as profissões, são só exemplos para dizer que cada profissional, no seu lugar.
Na matéria do Meio e Mensagem de hoje, “Mercado automobilístico versus publicidade educativa (leia aqui) está mais um exemplo disto. Há uma lei, já sancionada pelo Presidente Lula, que obriga os anunciantes de automóveis e/ou peças relacionadas a colocarem textos educativos aos motoristas, nos mesmos moldes daqueles que já existem nas propagandas de bebidas alcoólicas.
Agora, imagine se toda propaganda, além de anunciar o produto/serviço em questão, tenha que trazer um texto educativo? “Use o sapato de salto X, mas cuidado se pisar na grama”; “Compre o xampu Y, mas não jogue o no próprio olho”... sim, claro, é um exagero! Mas é uma forma de mostrar que nós (publicitários!) precisamos cuidar da nossa propaganda, senão daqui a pouco não sobrará espaço para elas, em meio a tantos avisos e obrigações!
Basta não perdermos o bom senso e a razão!
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