Lançamento é uma coisa. Sustentação é outra.
Em agosto de 2010 já ouvíamos falar do novo CrossFox da Volkswagen. Em poucos dias já estava no ar a campanha de lançamento, mostrando uma versão amarela numa mata, com o carro fazendo parte de uma família de Leões.
Para quem não conhece ou não lembra, uma das versões deste comercial está no Youtube:
Associar modelo de carro 'crossover' à selvageria, à superação de obstáculos, à chegar ao inimaginável não é nada novo. Diferente mesmo, neste comercial, podemos dizer que foi a associação do carro em si à família de leões (analogia à superioridade, diferenciação dos demais, etc). Mas não é disto que vamos falar.
O post de hoje é para mostrar que precisamos ter bom senso de quando tirar uma campanha do ar. Como dito no início, em agosto/10 já ouvíamos falar do "Novo CrossFox" e hoje, fevereiro/11, a campanha ainda está no ar. O mesmo comercial, com versões de tempo (duração) diferentes.
Digo falta de bom senso, pois "novo" não é mais. O modelo já passou de 6, 7 meses. A 'novidade' já não existe mais. É o modelo 'mais novo' deste carro, sim! Mas não é mais lançamento. E, também, não se trata de uma BAITA campanha que impressiona ao assistir. Pelo contrário, apesar de toda a produção, apesar de ser um 'cross', a trilha deixa o comercial monótono.
Depois de um início, as campanhas precisam ser 'recicladas' para serem continuadas. "Sustentação" não significa 'repetição contínua', mas sim uma continuidade programada.
Novas peças, novos layouts, novas abordagens que continuem o tema da campanha de lançamento. Aí está o segredo!
Somente replicar os layouts em formatos diferentes ou, pior, somente repetir exaustivamente um comercial ou uma peça impressa, não é 'dar continuidade' numa campanha.
Pare pra pensar e perceba que até mesmo campanhas brilhantes e marcantes são retiradas do ar.
É mais ou menos como o ditado diz "a melhor hora de ir embora de uma festa é enquanto ela ainda está boa!"
Só repetir não é comunicar.